15 de agosto de 2013

Nove meses de transformações - Quarto mês

Enfim um pouco de alívio: diminuem as náuseas e o cansaço

No segundo trimestre, os níveis dos hormônios abaixam um pouco e, com isso, você sente menos náuseas e cansaço. No entanto, a prisão de ventre pode aparecer. Isso porque os hormônios deixam o intestino mais devagar, ao mesmo tempo em que o útero o pressiona. Colocar mais fibras no prato ajuda a regular essa função.
No espelho, você vai notar as veias do peito mais dilatadas são aquelas linhas esverdeadas. É o seu corpo se preparando para a amamentação. Isso começou desde o primeiro dia de gravidez, mas agora que os sinais ficam aparentes: além das veias, as aréolas dos seios ficam mais escuras. Isso porque elas estão acumulando melanina, que torna a pele mais resistente.
Nessa fase, o útero começa a sair da bacia. No início do mês, ele vai estar a oito centímetros abaixo do umbigo. No final, já vai ter crescido o dobro e você poderá senti-lo a quatro centímetros do umbigo. Essa variação é muito importante.
Durante as consultas de pré-natal, o médico começará a medir esse desenvolvimento para assegurar que o bebê esteja crescendo direitinho.A barriga vai começar a aparecer. Talvez você sinta os primeiros movimentos do bebê, embora o mais comum seja percebê-los na metade do quinto mês, principalmente se você é mãe de primeira viagem. No quarto mês, o ultra-som já pode identificar o sexo do bebê. Mas tenha em mente que o exame ainda não é 100% confiável.
Até o fim do segundo trimestre, é normal engordar por volta de três quilos. Você também vai notar os primeiros sinais de inchaço nas pernas. O melhor a fazer é aproveitar as horas de descanso para pôr as pernas para o ar, literalmente. Isso ajuda a circulação.
Nesse período, você também pode notar manchas escuras aparecendo no seu rosto, principalmente se você pega muito sol. Elas se chamam melasmas, e costumam desaparecer depois do parto. Mas às vezes ficam para sempre, por isso o melhor é prevenir. Use filtro solar até para dar uma voltinha na rua.


Lista do mês:
- Colocar mais alimentos integrais, frutas e vegetais crus no cardápio diário
- Comprar filtro solar mais potente, de preferência com recomendação do dermatologista
- Fazer os primeiros exames pré-natal, inclusive o ultra-som e caso você não queira saber o sexo do bebê, deixe o médico avisado! 

Converse com seu bebê

Esta é uma ótima forma de começar a estabelecer o elo de ligação.

O espaço quentinho e protegido na sua barriga não é um mundo isolado. Mesmo antes de nascer, o bebê pode sentir e escutar o que se passa com a mãe. Melhor do que saber que suas conversas com ele são ouvidas é que esses momentos dedicados a seu filho se refletem no desenvolvimento dele e, acredite, até no comportamento que terá no futuro.
Falar, acariciar a barriga, cantar e ouvir música são gestos percebidos pelos bebês ainda no útero. Esses momentos passam ao pequenino a sensação de tranqüilidade e segurança, e ajudam a estabelecer um vínculo ainda mais próximo com a mãe e o mundo que a cerca. Só isso já seria o bastante para dar toda a atenção para a barriga.
Mas tem mais. Estudos internacionais mostram que ouvir música clássica durante a gestação colabora no desenvolvimento do cérebro do baby é o chamado efeito Mozart.
Outra: o bebê estimulado desde a barriga com carinho, música e conversas tem uma capacidade maior de aprender na infância, e seu comportamento social é mais adequado", conta a terapeuta Mônica Lemos, da Universidade de Brasília.
E nem é preciso esperar ele nascer para notar os benefícios dessa atenção. Ainda na barriga, o bebê responde à mãe de uma forma muito especial. "Os batimentos cardíacos ficam mais calmos, ele se movimenta, pisca e faz o movimento de sucção como se estivesse mamando quando a mãe canta, por exemplo". Não há prazo certo para começar. Por volta da 16ª semana de vida o ouvido do feto já está formado, e ele pode escutar o que se passa lá fora.
Sabe aquela história de que a música que a mãe ouvia na gravidez é o único calmante para o recém-nascido chorão? É verdade, especialmente  depois dos seis meses de gestação, quando a memória implícita já está formada no pequenino.
É esta parte do cérebro que, no futuro, dará a sensação de que aquilo já foi sentido antes. Quando estava grávida de Miguel, a atriz Nívea Stelmann aproveitava todos os momentos de tranqüilidade para estimular o bebê. Tomava longos banhos de espuma para acariciar a barriga e falar com ele, conta.
Na época, Nívea interpretava a vilã Graça, na novela global Chocolate com Pimenta. Preocupada com o impacto das cenas, ela explicava para o bebê o que estava acontecendo. Dizia para meu filho que aquilo era uma brincadeira, que a mamãe é atriz e as falas na gravação não eram o que eu pensava de verdade, lembra.
O esforço de Nívea para passar boas emoções ao bebê tem fundamento científico. Se a mãe está relaxada, o feto percebe isso e relaxa também. Se a mãe está tensa ele também é capaz de sentir e responde com tensão, diz a terapeuta Mônica. Portanto, não subestime o poder desse contato e aproveite para curtir o bebê desde já.